... e deixaram-na entregue aos lavradores da primeira aldeia que toparam. A aldeia demorava às abas do Monte Córdova, serra que se empina e ondeia com as fragosissimas encostas até à vila de Santo Tirso.
In A Bruxa de Monte Córdova, pp 178-Camilo Castelo Branco

16 de novembro de 2010

Trabalho, bastante trabalho pela frente

Foi em Setembro quando nos decidimos instalar aqui em Monte Córdova - localidade associada ao célebre romance de Camilo Castelo Branco, A Bruxa de Monte Córdova   e, embora não esteja lá referenciada, pela descrição do trajecto não deixa grande margem para dúvida que foi aqui, na aldeia de Codeçais, que Angélica foi deixada pelos almocreves e encontrada pelos lavradores (?!),  assunto ao qual voltaremos mais tarde  -, sabíamos que nos esperava bastante trabalho.

O que mais nos impressionou foi o deplorável estado da vinha, com os esteios de sustentação da ramada pelo chão, a aramagem na sua maior  parte rebentada  mas mesmo assim sem deixar de produzir, muros derreados, a terra sedenta e sequiosa, dura, pedinte por um arado ou sachola para se tornar produtiva.
O António Pedro ajudou na limpesa do terreno e no desbaste das videiras, mas as cepas lá continuam e tarde ou cedo terão de ser sacrificadas pois são muito velhas; o primo do Anselmo com o tractor tratou de arrumar os esteios derreados, cavou e fresou o campo da Leira do Poço Grande onde ficará situado o pomar e dentro de semanas, no tempo certo, será instalado.
Com toda esta azáfama as fotos ficaram por tirar...  não fosse um pequeno intervalo para matar a sede e nem estas fotos existiriam.

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