... e deixaram-na entregue aos lavradores da primeira aldeia que toparam. A aldeia demorava às abas do Monte Córdova, serra que se empina e ondeia com as fragosissimas encostas até à vila de Santo Tirso.
In A Bruxa de Monte Córdova, pp 178-Camilo Castelo Branco

13 de julho de 2011

Toupeiras

São uns verdadeiros diabretes, as toupeiras: escavam galerias por onde lhes apetece, quer seja pelo jardim, pela horta e no pomar e, é claro, estragam ou destroem. Que bom seria encontrar a solução...
Já tentamos vários processos sem resultados dignos de realce, cujo rol é digno de ser mencionado, nomeadamente, espalhar cinza nos buracos,  colocar garrafas de plástico cortadas em tiras com o gargalo enterrado no orifício, o repelente "flortis", ratoeiras e até o encharcamento das galerias com água. Também já experimentamos o uso de químicos, nomeadamente o "phostoxin"... sem resultados visíveis.

No pomar é onde se nota e são mais visíveis "as pegadas" das danadinhas toupeiras, tendo já causado o emurchecimento de algumas árvores mais jovens.
O encharcamento das galerias com água, aparentemente,  é um processo  eficaz. A água invade e destrói as galerias, ninhos e as reservas alimentares por lá acumuladas, obrigando-as a abandonar as áreas onde se instalaram, ou mesmo matando parte delas. 
O problema é que, nos pomares, o alagamento deve ser feito em períodos curtos de modo a não matar as árvores por asfixia das raízes. Ora, combater o mal causando outros males... nem sempre é a melhor solução.

Desta vez recorremos à opinião do - mestre de lavoura - Joaquim Abílio, que não adiantou nada sem antes enfiar o dedo indicador em vários pontos de uma galeria. Para quê e porquê... também nada nos disse, mas sempre foi adiantando que: -" o problema  talvez se resolva pondo pontas de mato verde nas entradas."


Bem, assim fizemos e vamos aguardar pelos resultados.

7 de julho de 2011

Conservação da batata

A nossa batata já foi colhida hà 10 dias e, em jeito de balanço, é agradável dizer que  foi uma colheita abundante. De seguida surgiu o problema da conservação sem o uso de químicos porque armazená-la em local escuro, fresco e seco pode não ser suficiente. Todos conhecemos formas diferentes de a conservar em consequência da nossa própria experiência ou alheia e decidimos optar pelo armazenamento em cama feita com palha seca, tapada com ramos de folhas de eucalipto a fim de evitar a borboleta.