... e deixaram-na entregue aos lavradores da primeira aldeia que toparam. A aldeia demorava às abas do Monte Córdova, serra que se empina e ondeia com as fragosissimas encostas até à vila de Santo Tirso.
In A Bruxa de Monte Córdova, pp 178-Camilo Castelo Branco

23 de dezembro de 2011

Natal com Sopas Sêcas

É tempo de Natal e, por muito atarefado que seja o quotidiano da nossa vida, surgem momentos em que somos remetidos para a nostalgia... de natais anteriores.
Nessas reminiscências é vulgar rebuscarmos cenas, episódios, acontecimentos, hábitos, costumes,ou seja, um sem fim de lembranças que é o suporte das nossas raízes, da nossa identidade.
E, assim sendo,  veio-me à lembrança uma "quase" iguaria que em tempos recuados não podia faltar na mesa de Natal cá por estas bandas, nestas terras que foram berço de S. Rosendo: - as Sopas Sêcas.
Sabemos que em outras regiões do país também era tradição mas, na atualidade, já não se dá importância a esta doçura e raramente os restaurantes a incluem nos seus menús, contribuindo assim para um galopante esquecimento desta sobremesa simples, fácil e barata.

                                                   A receita: - pão, água, açúcar e mel.
As quantidades ( qb ) serão em função do gosto e da quantidade de pessoas. Leva-se ao forno num alguidar de barro até ficar com a crosta tostada. Está pronto a ser servido.

"Receita de Natal", original de A. Assunção, 1984 ( óleo s/ tela 46x33 )
Não temos fotos desta gostosura mas substituímos pela pintura onde está retratado quase tudo que é necessário para o sucesso desta receita.
 (É provável que uma das razões deste esquecimento em nossas casas em confecionar as Sopas Sêcas se prenda com o utensílio tradicional, o alguidar de barro vidrado de bordas amachucadas, mas pode ser feito em qualquer outro utensílio que possa ir ao forno).

A todos os amigos e visitantes do blog, expresso o desejo de um Natal com tudo de bom e com esperança, muita esperança no futuro.

12 de dezembro de 2011

Perús... no telhado

Preferimos os perús no prato.
Quanto a isso não restam dúvidas!!!
Há dias atrás estes "emplumados" fizeram gala da sua curiosidade em lugar privilegiado, no telhado dos anexos.
Que seria que lhes despertou a tentação das alturas?
Bem, o glu, glu, glu deles ainda não tem tradução.
O Natal aproxima-se e daqui a poucos dias a curiosidade deixa de ser deles e passará a ser nossa, mas... no prato.